Desagregação de freguesias: “Processo deve respeitar a vontade do povo”
Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, pronunciou-se esta terça-feira sobre o processo de desagregação de freguesias que pode reverter as uniões de freguesias estabelecidas em 2013.
Na reunião de câmara o líder máximo do município foi questionado por Bruno Fernandes quanto ao andamento do processo, uma vez que o prazo termina este ano. O líder da oposição expressou que a decisão compete às assembleias de freguesia, devendo o município prestar apoio.
O presidente da câmara informou que já foram realizadas duas reuniões com os presidentes das uniões de freguesias, sendo que o município está a tentar prestar a maior informação possível, ainda que “a câmara não se deve meter”.
“Trouxemos um especialista na área, Cândido Oliveira, professor da Universidade do Minho, que esteve em diálogo com os presidentes das uniões, que ficaram mais informados. O presidente da câmara não se deve meter. Aceitarei o que for decidido pelos cidadãos, penso que o processo está a ser bem conduzido”, disse, acrescentando que “qualquer alteração que venha a acontecer tem de ser genuína e deve ser seguida a vontade do povo”.
Já no final da reunião, Domingos Bragança destacou o sentimento de identidade das freguesias, pelo que há a possibilidade de algumas das uniões de freguesias de Guimarães serem desagregadas. “Há uniões que estão bem conseguidas e, aparentemente bem aceites, mas por outro lado há sentido de pertença de cada freguesia, de bairrismo e de paróquia. Esse sentimento, de identidade, de sentido de pertença, parece ser mais forte”, atirou.