De setembro a dezembro, Oficina dá muito que ver e ouvir. Eis o programa
Foi apresentada, nesta terça-feira, 7 setembro, a programação cultural que irá preencher Guimarães nos próximos quatro meses. É já nos próximos dias 10 e 11 de setembro que a programação regressa com o Festival Manta, que traz nomes como Mallu Magalhães, com um concerto de estreia do seu último trabalho, “Esperança”, Sílvia Pérez Cruz, com o último trabalho dela designado Farsa em Trio e “Mais Alto!” com especial atenção aos mais novos e família.
O Centro Cultural Vila Flor prepara-se para celebrar mais um aniversário, o 16º, a 17 de setembro, altura em que recebe “Please Please Please”, um espetáculo que resulta da colaboração entre a coreógrafa francesa Mathilde Monnier, a coreógrafa hispano-suíça La Ribot e o encenador português Tiago Rodrigues. Criado antes da pandemia, a obra propõe uma reflexão sobre um mundo que pode estar à beira da catástrofe. Para encerrar o mês de setembro, o Cineclube organiza sessões de cinema no CCVF, nos dias 21, 26, 28 e 30.
A Bienal de Ilustração de Guimarães decorre em vários espaços da cidade, de 11de setembro a 31 de dezembro. Outubro inicia, a dois de outubro, com o início do 2º ciclo de exposições de 2021 do Centro Internacional de Artes José de Guimarães (CIAJG).
As oficinas do Teatro Oficina ressurgem no dia 04 de outubro e há Mostra de Amadores de Teatro nos dias 22, 23 e 24 do mesmo mês.
Os destaques na Loja Oficina vão para o projeto MICA - Mudança e Intervenção Criativa em Artesanato, que acontece no dia 30, e para a abertura da Casa de Estudo Alberto Sampaio.
No ano que celebra o seu 30º aniversário, o Guimarães Jazz tem um regresso marcado para Novembro de 2021, entre os dias 11 e 20. A programação deste ano vai contar com artistas de diversas nacionalidades, assim como um documento que junta vários materiais das 30 edições e uma exposição.
No mês que marca o final do ano, o CCVF recebe nomes nacionais como Albano Jerónimo, a quatro de dezembro, em estreia absoluta de “Orlando”, coprodução com encenação de Albano Jerónimo e texto de Cláudia Lucas Chéu, sobre as questões da inclusão e das minorias.
Uma obra que Fátima Alçada sublinha como importante para Guimarães receber. “É uma peça de teatro, mas não só uma peça de teatro. Em Guimarães, em particular. Depois, haverá a circulação da peça por Lisboa, Porto e Famalicão, será uma peça de teatro. O “Orlando” é o Orlando da Virgínia Woolf, mas é mais do que isso. Fala sobre questões de identidade de género, de tolerância e de relação com o outro”, repara a diretora artística.
Na semana seguinte, a 11 de dezembro, destaca-se também “Monólogo de uma mulher chamada Maria com a sua patroa” de Sara Barros Leitão. Uma reflexão que a atriz faz sobre as mulheres que têm patroas, “que desempenham tarefas absolutamente essenciais para a vida tal como a conhecemos, mas que são de uma enorme invisibilidade”.
Perante este novo ciclo cultural e a fase pandémica atual, com um crescente de população vacinada, o diretor executivo de A Oficina, comenta a expectativa de em breve ver o auditório sem espaços vazios. “Temos um aumento de cerca de 40% face a 2020. Que esta seja a última apresentação em que tenhamos de estar a falar sobre condicionamentos causados pela pandemia”, aguarda Ricardo Freitas.