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Curtir Ciência “fora da rede nacional”. “Grave” “desconforto” com a agência

Bruno José Ferreira
Política \ segunda-feira, julho 29, 2024
© Direitos reservados
Após uma auditoria às instalações do Curtir Ciência foi retirada a marca nacional ao projeto, mas o "desconforto" até começou antes, admite Adelina Pinto. Câmara vai construir um novo edifício.

O Curtir Ciência está fora da rede nacional de centros de ciência viva, depois de recentemente lhe ter sido retirada essa marca após uma auditoria. Esta assunto esteve em discussão em reunião de câmara, tendo sido questionado por Ricardo Araújo.

Com Domingos Bragança ausente, foi Adelina Paula Pinto a dirigir a sessão do executivo e a explanar a situação do Centro Ciência Viva, confirmando que a Câmara Municipal de Guimarães tem tido uma “situação de desconforto com a agência nacional” que tutela esta rede de centros.

De acordo com Adelina Pinto, o desencontro de ideias começou quando o município, tratando-se o Ciência Viva de uma entidade classificada, implementou, a exemplo do que acontece com outras organizações municipais, o SNC-AP – Sistema de Normalização Contabilística para Administrações Públicas.  

“Somos o único centro a atuar desta forma, os outros fazem prestação de serviço”, explicou a vice-presidente do município, acrescentando que no âmbito desta implementação do SNC – AP a representação da agência acabou por sair da direção do Centro Ciência Viva de Guimarães.

Ainda nessa sequência, o Centro Ciência Viva de Guimarães recebeu uma auditoria da agência nacional, “que já vinha com algumas coisas para ver”, disse Adelina Pinto. “Fruto desse relatório recebemos um mail a dizer que nos seria retirada a marca”, complementou.

Ricardo Araújo lamentou o facto de não ter sido prestada informação sobre este tema de forma atempada e em sede de reunião de câmara. “Não deveríamos ter acesso a informações destas pelo diz que disse. O protocolo foi aprovado em reunião de câmara e, se houve reversão, devia ser transmitido aqui”, disse o vereador. Na ótica do vereador da oposição “é grave”, aludindo que “foi escondida esta informação para fins políticos”.

Quanto ao tema em si, Ricardo Araújo lembrou que “este processo começou torto, contrariamente ao provérbio popular ainda pensei que se pudesse endireitar”, disse, expondo depois a sua visão: “A Câmara reabilitou o espaço sem perceber se tinha condições para o que se pretendia e esteve um bom tempo sem integrar a rede nacional; dez anos decorridos estamos confrontados com isto. Não deve ser desvalorizado, é uma perda para Guimarães, devendo haver preocupação com o facto de um investimento considerável estar fora da rede nacional”.

De resto, Ricardo Araújo lembrou ainda que o Curtir Ciência “é uma instituição âncora para a zona de Couros”, algo que mereceu concordância de Adelina Pinto, que já após a reunião frisou que “Couros é, atualmente, a nossa joia da coroa e faz todo o sentido ter lá o Ciência Viva”.

Em causa estão as instalações deficitárias, nomeadamente no que à acessibilidade diz respeito, algo que está a ser trabalhado, uma vez que a Câmara adquiriu o terreno adjacente para complementar o edifício atual com um novo edifício.

A Universidade do Minho, nomeadamente através do seu reitor, está a trabalhar para que seja possível que Guimarães volte a estar na rede nacional, sendo esse o argumento usado pela vice-presidente do município para não abordar anteriormente a situação. “Continuamos a trabalhar, a produzir e a promover a ciência”, concluiu.  

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