Crematório Guimarães: “dignidade” num dos “cemitérios mais bonitos do país”
Foi este sábado inaugurado o Crematório de Guimarães, uma valência para servir uma região e todo o distrito em parceria entre o município e a Servilusa, empresa que venceu o concurso público para a construção e exploração daquele que é o 33.º crematório instalado no continente.
Numa cerimónia na qual marcaram vária entidades, Paulo Carreira, administrador da Servilusa, relembrou que o processo de construção do Crematório de Guimarães, no Cemitério de Monchique – freguesia da Costa –, foi “complexo dado o contexto em que estamos”, mas surge agora com “todas as exigências e condições para servir as famílias” e “dar resposta a uma região e ao distrito”.
O administrador salientou que as cremações correspondem a 26% da preferência das pessoas, número que levou Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal, a dizer que Guimarães passa a ter capacidade de resposta para este tipo de serviço.
“Os valores culturais da sociedade estão a mudar. Em Guimarães não tínhamos essa possibilidade, de corresponder à escolha das famílias e muitas vezes do próprio. Agora é possível realizar serviço fúnebre no território em que a pessoa viveu toda a vida”, apontou, salientando que estamos perante uma espaço em que é possível “fazer toda a cerimónia fúnebre, como se fosse a sepultar, com dignidade”.
Inaugurado em 2004, no ano seguinte o Cemitério de Monchique foi galardoado com o Prémio Nacional de Arquitetura para os Espaços Públicos Exteriores, uma distinção que foi seguida com a execução de um crematório que se enquadra no espaço em que está inserido.
“Quando estamos aqui constatamos que estamos num dos cemitérios mais bonitos do país: na encosta da penha, em socalcos, com espaços verdes. Tudo muito bem. O desafio que se punha à Servilusa é que pudesse desenvolver um projeto de arquitetura que se harmonizasse completamente com o Cemitério de Monchique”, frisou Domingos Bragança
O Crematório de Guimarães significa um investimento de 800 mil euros, ocupando um edifício de dois andares com 350 metros quadrados. Estão previstas ser feitas 740 cremações no primeiro ano de funcionamento.