Couros Património Mundial: o “orgulho” de todos será vertido em livro
“Parabéns, Portugal”. Foi desta forma que o comité do Património Mundial da UNESCO congratulou a candidatura de expansão da zona classificada como Património Mundial em Guimarães. Esse momento foi reproduzido em vídeo na reunião de câmara desta quinta-feira, na qual o arquiteto Ricardo Rodrigues fez uma exposição da candidatura.
A vereadora com o pelouro do ambiente, Ana Cotter, introduziu este momento, dando conta do “privilégio” por poder representar o município e “falar de Guimarães para o mundo”, elogiando aqueles que “ao longo dos anos defenderam este bem tão precioso” que é p património vimaranense, mais propriamente a zona classificada.
O dossiê, com cerca de 600 páginas, vai ser vertido em livro, anunciou Domingos Bragança, o que Ricardo Rodrigues chama de uma “radiografia ao passado, presente e futuro” desta zona classificada, que vai muito para além de Couros. O arquiteto, um dos rostos desta candidatura, considera o caso de Guimarães “diferente” dos existentes a este nível, dos curtumes, e que ganha relevância por estar na malha urbana e por uma área alargada.
“Não candidatámos o óbvio, uma zona de moda, mas pelo contrário candidatámos uma zona que era suja”, aponta, fazendo alusão a uma memória recente, a indústria dos curtumes, que em alguns casos ainda permanece viva.
Lançando desde já um olhar para o futuro, sendo eu até 2024 o município de Guimarães terá de apresentar um relatório com o que está feito e com o que está a ser projetado, Ricardo Rodrigues acredita que “é possível ter novos usos mantendo a pré-existência”. “Precisa de uma comunicação diferente, estamos no ano zero”, vincou.
A nível político, Domingos Bragança e Ricardo Araújo, demonstraram o seu “orgulho” por esta classificação. “É um orgulho para os vimaranenses partilhar este sucesso com Portugal e com o mundo inteiro”, disse Domingos Bragança, agradecendo a todos os envolvidos neste projeto, ao mesmo tempo que salientou as “responsabilidades” que Guimarães tem em mãos.
Ricardo Araújo elogiou o trabalho desenvolvido e a “perseverança” de Domingos Bragança, adotando um discurso semelhante. “Devemos orgulhar-nos muito deste resultado, mas temos desafios pela frente: traz acrescidas responsabilidades. Seguramente que os vimaranenses, este e os próximos executivos saberão preservar mais este legado que fica para o futuro, que contribuiu imenso para a nossa identidade coletiva enquanto vimaranenses”, sustentou.
