
Contas intermédias do Vitória: lucro de 2,8ME; passivo maior e restruturado
À semelhança da época 2022/23 e ao contrário da temporada 2023/24, o Vitória SC publicou o balanço financeiro intermédio da SAD em 2024/25 nesta terça-feira, apresentando um lucro de 2,8 milhões de euros nas operações entre 01 de julho e 31 de dezembro de 2024 e um passivo de 71,7 milhões de euros, acima dos 67 com que terminou 2023/24, num valor que evidencia a transferência de dívidas de curto prazo para prazos mais longos de pagamento.
O lucro intermédio provém de 24,5 milhões de euros de rendimentos e de gastos de 16,65 milhões, que ditam um resultado operacional positivo de 7,85 milhões. Esse valor converte-se em 2,8 milhões face aos gastos com juros, impostos, amortizações e depreciações.
O Vitória indica que os rendimentos cresceram 60% face ao período homólogo de 2023/24, devido ao apuramento para os oitavos de final da Liga Conferência e às mais-valias geradas no mercado de transferências: no mercado de verão, as transferências de Jota Silva, Ricardo Mangas e Mateus Índio valeram uma receita bruta de 9,3 milhões de euros.
Quanto aos gastos, cresceram cerca de 9% em termos homólogos, em virtude da campanha europeia e ao crescimento do volume de empréstimos, pese a redução das menos-valias com jogadores.
Já o capital próprio da SAD evoluiu de 31,2 ME negativos para 28,4 ME negativos, após o ativo da SAD, correspondente ao seu património, crescer de 35,8 para 43,3 ME e o passivo, correspondente a dívidas e obrigações, subir de 67 para 71,7 ME.
O passivo corrente, que inclui, por norma, as dívidas a saldar no prazo de um ano, desceu de 52,5 para 39,5 ME, enquanto o passivo não corrente, que engloba dívidas com prazo superior, aumento de 14,5 para 32,2 ME.
Validadas pelo revisor oficial de contas da SAD, as contas até 31 de dezembro de 2024 não incluem as operações do mercado de transferências de janeiro último, concluído com uma receita bruta recorde de 34 ME e gastos de 10 ME.
A publicação dos resultados financeiros deu-se a uma semana e meia das eleições para os órgãos sociais, agendadas para 01 de março, que opõem a lista A, encabeçada por Luís Cirilo Carvalho, e a lista B, encabeçada pelo presidente em funções, António Miguel Cardoso.