Concurso da segunda fase da Torre da Alfândega “prorrogado”
A requalificação da torre onde se lê a inscrição “Aqui Nasceu Portugal” está parada desde setembro de 2020, face aos vestígios arqueológicos que emergiram das escavações no interior, mas a Câmara Municipal de Guimarães já lançou o concurso público para o reatamento da obra.
O anúncio sobre a “refuncionalização da Torre da Alfândega”, divulgado a 07 de janeiro de 2022 em Diário da República, exige aos concorrentes trabalhos relativos a “revestimentos de pisos, paredes e tetos”, “estruturas metálicas, de betão e madeira”, “infraestruturas hidráulicas, de eletricidade e de telecomunicações”. O concurso fixou um preço-base de 1,2 milhões de euros, baseando a escolha do empreiteiro na qualidade da proposta (40% da ponderação) e no preço (60%), mas, cumpridos o intervalo de 20 dias para a apresentação de concorrentes, a autarquia publicou um novo anúncio.
Esse segundo anúncio, de 31 de janeiro, prorroga o prazo para apresentação de propostas até “às 17h00 do 11.º dia a contar da data de envio do presente anúncio”; ou seja até 15 de fevereiro, sabendo que são os dias úteis que contam.
Entretanto interrompida, a primeira intervenção no edifício construído para fins militares, orçada em cerca de 900 mil euros, arrancou em fevereiro de 2020, praticamente um ano depois do município ter assegurado a sua compra à empresa imobiliária Marvalu, detida pelo empresário Domingos Machado Mendes, por 75 mil euros. Nessa altura, o objetivo da autarquia era ter a empreitada pronta de forma a ser inaugurada em 2021, nas comemorações do 24 de Junho.
A requalificação prevê a demolição da estrutura construída no seio da torre – a única sobrevivente entre as seis da muralha que cercava o núcleo medieval de Guimarães -, e a instalação de uma caixa de escadas em ferro para assegurar a leitura do património construído nos vários pisos e a ligação ao terraço de onde se vislumbram o Palácio Vila Flor ou o Toural.
O projeto contempla ainda o acesso das pessoas com mobilidade reduzida ao miradouro, graças a um elevador panorâmico no interior da torre – essa parte da empreitada tem o apoio dos fundos do Portugal 2020.