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Como apoiar as freguesias? Executivo e oposição seguem caminhos diferentes

Pedro C. Esteves
Política \ segunda-feira, abril 19, 2021
© Direitos reservados
Política de apoio às freguesias esteve em debate na reunião de vereação. Município acenou com um investimento de seis milhões de euros. Oposição "não se revê" na forma como o apoio é feito.

A coligação Juntos por Guimarães diz não estar satisfeita com a “política de apoio às freguesias” desenvolvida pelo município. “Somos a favor de todos os apoios, mas não nos revemos na forma quantitativa e na forma qualitativa como eles são levados a cabo”, explicou o vereador social-democrata, Hugo Ribeiro.

Em causa estavam alguns dos pontos da reunião de câmara desta segunda-feira relativos à concessão de apoios e delegação de competências para as juntas. Segundo Hugo Ribeiro, a política atual da câmara pode traduzir-se numa “subsidiodepêndencia”.

Na resposta, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães (CMG), Domingos Bragança, salientou que os presidentes de junta são “pessoas com carácter e personalidade” e acenou com os cerca de seis milhões de euros contemplados no orçamento de 2021 para protocolos, apoios, subsídios e delegações de competências para as freguesias.

“Nós não estamos a promover a coesão, a resolver assimetrias, mas com planeamento. Temos um território harmonioso. Fazemos muito e bem. A oposição defende entregar à junta de freguesia e depois a junta de freguesia promove o investimento que entender. Mas esse entendimento tem de ser feito com a CMG e assim é que está bem”, atestou o autarca.

À margem da reunião, em declarações aos jornalistas, Hugo Ribeiro referiu que a coligação é a favor de que as” verbas sejam, no mínimo, o dobro do fundo de financiamento das freguesias”. “Temos defendido várias vezes que as parcas verbas que são transferidas as freguesias implicam uma perda de autonomia do poder local. O nosso objetivo é que as juntas não fiquem dependentes do município. Que tenham verba bastante para vir aqui mendigar”, completou. No entender do vereador, delegar mais competências às freguesias traduzir-se-ia em “mais autonomia”. “Basta que estes programas sejam duplicados, triplicados. Nas juntas há pessoas com instrução. Quem está à frente no município e quem tem responsabilidades, se as delegar tem mais tempo para outras coisas”.

Domingos Bragança fez questão de sublinhar o esforço feito pelo município em prol da coesão territorial. Defendendo a importância do planeamento, o socialista lembrou outras obras da responsabilidade da câmara que estão no terreno: a requalificação do centro cívico de Caldas das Taipas, o reperfilamento da EN 207-4 e o curso que liga Longos a Leitões.

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