Comissão de Festas: responsáveis da Câmara “não respeitaram o compromisso”
O desagrado com a recusa da Câmara Municipal em autorizar o cortejo do Pinheiro suspendeu a Assembleia Municipal desta sexta-feira, num protesto de bombos e caixas, e motivou uma reação da Comissão de Festas Nicolinas 2021, por escrito. Os responsáveis pela organização da celebração estudantil dizem que o Pinheiro não é só um “desejo”, mas o objetivo para o “trabalho árduo”, de “sol a sol”, dos últimos tempos, e lamentam que a subcomissão de Proteção Civil tenha ignorado o plano de contingência para o Pinheiro e os apelos para o uso de máscara no cortejo.
“Quinta-feira fomos gravar vídeos de sensibilização para o Pinheiro com o departamento de comunicação da Câmara, a pedir à população para usar máscara no cortejo e cumprir as regras”, refere o comunicado. “Hoje [sexta-feira], chegámos no fim de uma reunião da Proteção Civil para nos comunicarem uma decisão. Não respeitaram o compromisso que fizeram. Apenas nos informaram da sua decisão. Hoje não sabemos para que fizemos um plano de contingência, tivemos uma reunião e gravámos os vídeos”, lamenta a comissão presidida por Tiago Fernandes.
Os estudantes referem a Câmara ficou de enviar as licenças para a realização do cortejo quando houvesse um e-mail da autoridade de saúde, antes de dizer posteriormente que a autorização para o Pinheiro dependia do facto de “as medidas nacionais” de combate à pandemia de covid-19 entrarem antes da data do Pinheiro; entram a partir de 01 de dezembro, dia em que o país entra em Estado de Calamidade. No entanto, a autarquia recusou à mesma a realização do cortejo.
Por fim, a Comissão vincou, em comunicado, que as festas são “dos nicolinos, da cidade e dos vimaranenses”. “Aceitamos sempre a ajuda mas nunca estamos dependentes dela. A Comissão informa por isso que as Festas se vão realizar, como conseguirmos. As tradições também se adaptam aos tempos, e os Nicolinos são mestres a improvisar”, conclui a nota.