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Com “responsabilidade” e “grande resposta do público”, está aí o Guidance  

Bruno José Ferreira
Cultura \ quarta-feira, janeiro 31, 2024
© Direitos reservados
Os corpos começam a entrelaçar-se esta quinta-feira numa viagem entre Portugal e Moçambique através do vimaranense Victor Hugo Pontes. Está aí o Guidance, com o público a dar “uma grande resposta”.

“Bantu” solta os primeiros movimentos esta quinta-feira – a partir das 21h30 no Centro Cultural Vila Flor – na abertura da 13ª edição do Guidance. Pela mão de um vimaranense, Victor Hugo Pontes, bailarinos portugueses e moçambicanos sobem ao palco na “construção de uma linguagem” na qual se prova que “podemos partilhar o mesmo universo e a mesma língua”.

O coreógrafo vimaranense acenou afirmativamente ao convite dos Estúdios Victor Cordón e, depois de passar pelo Porto e Lisboa, volta com “prazer” a Guimarães para exibir a sua performance artística, que começou a ser preparada precisamente em Guimarães. “É um privilégio poder abrir este festival, podendo voltar a esta casa, é muito bom”, referiu no ensaio dedicado à imprensa.

“Um momento muito forte emocionalmente”, sustenta, com a “responsabilidade de abrir este espetáculo em casa", frisou. "Visto a camisola de Guimarães”, disse, sobre o espetáculo inaugural, que estreia em Guimarães, mas tratando-se de uma espécie de regresso à casa de partida, o que, na ótica de Rui Torrinha, diretor artístico do Guidance, trata-se do “caminho a percorrer por este que é o festival e inverno de referência em Portugal”.    

Com “mais ação na cidade”, o festival é “cada vez mais uma oportunidade para o lançamento de jovens valores, como a Gaya [de Medeiros], reforça Rui Torrinha, dizendo que este festival é isso mesmo, “em primeiro lugar um investimento na produção de talento”, sendo também “uma responsabilidade” inerente ao facto de Guimarães ter sido Capital Europeia da Cultura em 2012.

Expandindo-se para lá dos espetáculos, com as Atividades Paralelas a terem cada vez mais peso, Rui Torrinha mostra-se satisfeito com a procura do público até agora, que está a superar as expetativas. “É difícil ter números concretos, mas estamos bastante acima doa n o passado por esta altura. Há uma consolidação, estamos a ter uma resposta grande e teremos várias salas esgotadas”, confirmou.

De 01 a 10 de fevereiro Guimarães é a capital da dança, com três estreias nacionais entre os dez espetáculos programados.

GUIdance 2024 - Programa

Quinta 1 fevereiro, 21h30 
CCVF / Grande Auditório Francisca Abreu 
Bantu 
Victor Hugo Pontes 

Sexta 2 fevereiro, 21h30 
Teatro Jordão / Auditório 
Time and Space: The Marrabenta Solos
Panaibra Gabriel Canda 

Sábado 3 fevereiro, 18h00 
CIAJG / Black Box 
Boca Fala Tropa 
Gio Lourenço  

Sábado 3 fevereiro, 21h30 
CCVF / Grande Auditório Francisca Abreu 
UniVerse: A Dark Crystal Odyssey  
Wayne McGregor 
ESTREIA NACIONAL 

Domingo 4 fevereiro, 15h00 
CIAJG / Black Box 
O que é um problema 
Beatriz Valentim 
EDUCAÇÃO E MEDIAÇÃO CULTURAL 

Quarta 7 fevereiro, 21h30 
CCVF / Grande Auditório Francisca Abreu 
.G rito 
Piny 

Quinta 8 fevereiro, 21h30 
CIAJG / Black Box 
Atlas da Boca  
Gaya de Medeiros 

Sexta 9 fevereiro, 21h30 
Teatro Jordão / Auditório 
Beings 
Shimmering Production  
ESTREIA NACIONAL 

Sábado 10 fevereiro, 18h00 
CIAJG / Black Box 
Anda, Diana 
Diana Niepce 

Sábado 10 fevereiro, 21h30 
CCVF / Grande Auditório Francisca Abreu 
bulabulay mun?  
Tjimur Dance Theatre  
ESTREIA NACIONAL 

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