Coelho Lima visitou hemodinâmica: “Esperamos demais, mas valeu a pena”
O deputado André Coelho Lima visitou na manhã desta segunda-feira a Unidade de Hemodinâmica do Hospital Senhora da Oliveira – Guimarães, destacando o “orgulho que os responsáveis da unidade de cardiologia têm naquilo que conseguiram”. À margem da visita, o social-democrata deu conta à comunicação social que “foi uma luta grande que demorou tempo a mais”, mas o “fundamental é que se conseguiu”, dando como exemplo os três utentes que foram atendidos nesta sala antes da visita, que sem a hemodinâmica a funcionar em Guimarães “tinham andado de ambulância a perder tempo e a pôr em risco a sua própria vida”.
Entre elogios às “condições de topo a nível europeu” deste serviço, o vimaranense não deixou de lamentar o demasiado tempo que se perdeu. “Deu para perceber o desperdício de meios que existia ao não se permitir utilizar a unidade de hemodinâmica. Temos uma unidade com equipamentos de topo a nível europeu, parece que estamos em filmes e não no SNS. Percebendo que aquilo está pronto há cinco anos, faltava uma questão administrativa quase de natureza burocrática, o que aconteceu até aqui foi desnecessário, não devia ter acontecido. Este hospital, estes médicos, estes enfermeiros, e sobretudo a população, não mereciam”, vincou.
Destacando que a unidade de hemodinâmica do Hospital de Guimarães se deve ao mérito de muita gente, André Coelho Lima reusa-se a levar a discussão para “patamares de competitividade regional”. “Estamos a falar da saúde das pessoas, tem de estar acima disso. O Hospital de Guimarães abriu como um hospital distrital, porque serve toda a zona do Vale do Ave e a zona sul do distrito de Braga. E serve-o com autonomia, em complementaridade com todos os outros hospitais; o serviço de hemodinâmica funciona como afiliado do Hospital de Braga, esta afiliação foi imprescindível para que funcionasse, e não nos reduz de modo nenhum”, sustenta.
Questionado se, a este nível, há margem para crescer, Coelho Lima frisou que “os profissionais querem sempre ter a melhor unidade possível”, reconhecendo que “há a ambição, que está muito ligada ao motivo pelo qual se fizeram os donativos no início, de ter o serviço de urgência, poder acudir ao enfarte de forma imediata”. Trata-se de um trabalho que “tem de se fazer paulatinamente, com uma afirmação própria que não afirmação contra ninguém e numa lógica de complementaridade da oferta”, disse, acrescentando: “É a parte seguinte, vamo-nos empenhar nisso agora, com toda a calma e com toda a ponderação e um passo de cada vez”.
Ricardo Araújo, presidente da comissão concelhia de Guimarães do PSD, acompanhou a visita, frisando que “os vimaranenses esperaram demasiado tempo”, o que “é incompreensível e inaceitável”. Destacando também vários dos nomes que foram decisivos para que a unidade entrasse em funcionamento, o vereador municipal vincou também o trabalho de André Coelho Lima: “Não só enquanto vereador – no passado – mas muito particularmente nos últimos anos enquanto deputado, a sua intervenção teve um papel determinante, nomeadamente quando questionou numa das últimas vezes o primeiro ministro, que de alguma forma ajudou a comprometer a abertura desta unidade”.