skipToMain
ASSINAR
LOJA ONLINE
SIGA-NOS
Guimarães
18 abril 2025
tempo
18˚C
Nuvens dispersas
Min: 17
Max: 19
20,376 km/h

Circuito nacional floresce no Westway LAB e entreabre internacionalização

Tiago Mendes Dias
Cultura \ quarta-feira, abril 16, 2025
© Direitos reservados
Concertos de bandas como Fidju Kitxora e Máquina impressionam programadores internacionais e abrem portas a concertos no estrangeiro. Relação entre música e cinema sobressai nas conferências.

A energia de Fidju Kitxora, nos instrumentos e nos corpos dos seus elementos, e de Máquina, trio lisboeta cada vez mais consolidado no panorama rock nacional, com a estreia ao vivo de canções que abrem o apetite para o novo álbum, cativaram os espetadores, mas também os agentes e programadores culturais dessa Europa fora que afluíram a Guimarães para a 12.ª edição do Westway LAB. A inédita abertura na Igreja de São Francisco, a cargo de Tó Trips e da sua guitarra é outro momento que fica cravado na memória de quem encheu aquele templo católico, ao final da tarde de 09 de abril, sublinha o diretor artístico da cooperativa A Ofcina para as artes performativas, Rui Torrinha.

“Uma coisa que fizemos diferente e que resultou muito bem foi o concerto de abertura com o Tó Trips. A igreja esteve cheia. Foi a apoteose total do festival. Os Fidju Kitxora e os Máquina também sobressaíram. Algumas bandas impressionaram os programadores internacionais ao ponto de nos confidenciarem que vão levar essas bandas para os seus festivais”, vinca, especificando que os Fidju Kitxora, coletivo que funde afro-house, funaná, semba e kuduro, numa ponte entre Lisboa e Cabo Verde, já têm uma data marcada para Londres.

Para o responsável, uma das marcas desta 12.ª edição, decorrida entre 09 e 12 de abril, é precisamente a aposta crescente no circuito nacional. “Não faz sentido um evento a pensar na internacionalização se o circuito nacional não estiver representado e não marcar presença”, detalha, realçando a presença de representantes de festivais como o alemão Reeperbahn, em Hamburgo, o catalão Vic, em Barcelona, o dinamarquês Spot ou o belga Graspop.

O programador d’A Oficina destaca também o reforço da colaboração com a Why Portugal?, plataforma de exportação da música portuguesa emergente, o encontro inédito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses dedicados à música, reunindo programadores, agentes, managers e artistas e as conferências dedicadas à relação entre música e cinema, protagonizadas pelo finlandês Aki Kaurismaki, de regresso à cidade após o trabalho na Capital Europeia da Cultura, e pelo vimaranense Rodrigo Areias, pelo músico The Legendary Tigerman e pelo realizador Edgar Pêra, esse último com enfoque na inteligência artificial.

Rui Torrinha sublinha também o papel dos jantares entre todos os participantes, incluindo os músicos que estiveram em residência artística no Centro de Criação de Candoso e mostraram o trabalho de uma semana no café-concerto do Centro Cultural Vila Flor. “São noites mais experimentais entre os artistas. Ficam sempre muito deslumbrados. Aí se pode constatar a importância das residências na vida dos artistas”, descreve.

Podcast Jornal de Guimarães
Episódio mais recente: O Que Faltava #93