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Censos 2021: habitantes com ensino superior já são mais de 20 mil

Hugo Marcelo
Educação \ sábado, janeiro 01, 2022
© Direitos reservados
São 20.887 as pessoas com ensino superior em Guimarães, após um crescimento de 67,4% na última década. Mas o concelho apresenta a segunda percentagem mais baixa de diplomados nos 24 maiores do país.

Há 20 887 licenciados, mestres e doutores a habitar em Guimarães. É para isso que apontam os resultados provisórios do Censos 2021, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). As conclusões da maior operação estatística do país permitem concluir ainda que se registou, na última década, um aumento de 67,4% no número de residentes que ascendeu, com sucesso, à mais elevada escada da educação formal. Significa isto que em 2021 há mais 8 406 habitantes com o ensino superior completo em relação a 2011.

Neste dossier, Guimarães não é exceção à tendência que se verifica no país e confirma a regra: são cada vez mais os vimaranenses (e os portugueses) com o ensino superior completo. Vamos, pois, aos números. Mais de 1,8 milhões de portugueses concluíram estudos no nível terciário de educação; é o mesmo que dizer que 17,4% do total da população tem um grau académico superior. Há dez anos eram apenas 11,8%. Também em Guimarães são mais simpáticos os indicadores de 2021: dos 156 849 habitantes, 13,3% – ou seja, 20 887 cidadãos – têm o ensino superior. Em 2011, eram 12 481 (7,9%).

 

Guimarães no pódio do quadrilátero

Ao fazer um exercício comparativo com os restantes três concelhos que compõem o quadrilátero, percebe-se que os 13,3% de cidadãos com ensino superior em Guimarães deixam o concelho mais populoso do Vale do Ave a ocupar o último lugar do pódio e, por isso, há apenas um concelho – Barcelos – com números inferiores. Num grupo de apenas quatro, não são resultados notáveis. A uniformidade que sobressai nos dados de Barcelos, Famalicão e Guimarães contrasta com o ponto fora da curva que é Braga. Neste grupo de quatro, Guimarães (3.º) não é personagem principal. Esse papel pertence ao concelho vizinho bracarense: do total de 193 349 habitantes, 45 965 (23,8%) concluíram o ensino superior.

Famalicão é o vice do quadrilátero, mais próximo de Guimarães do que de Braga. Dos 133 574 habitantes do concelho, 18 109 (13,6%) têm um grau académico terciário no currículo. Por fim, Barcelos. Na relação entre número total de habitantes e número de habitantes com o ensino superior, é o concelho português com maior número de freguesias que ocupa o último lugar. Concluíram o ensino superior 11,2% dos barcelenses, ou seja, 13 090 do total de 116 766 habitantes.

Barcelos foi, porém, o concelho em que a população com ensino superior mais cresceu (82,3%), enquanto Braga, que já tem esse grau de ensino mais consolidado entre a população, apresentou a percentagem mais baixa (57,3%). Com um aumento de 67,4% na última década, Guimarães foi o segundo concelho do quadrilátero que mais cresceu, seguido de Famalicão - evolução de 60,9% em relação a 2011. Estes quatro municípios vizinhos foram aqueles em que a população com ensino superior mais cresceu entre os maiores do país.

 


A segunda menor franja com canudo entre os grandes concelhos

Há 24 concelhos com mais de 100 mil habitantes em Portugal e Guimarães faz parte do grupo. E se é verdade que é 23.º no que respeita à percentagem de cidadãos com ensino superior, não é menos factual que se trata do segundo concelho que mais cresceu dentro da categoria ao longo dos últimos 10 anos, superado apenas por Barcelos. No extremo oposto, Oeiras foi o concelho do grupo que menos cresceu na última década (27,1%).

 

 

Há cada vez mais vimaranenses a ir à escola

Seja para terminar o ensino secundário - a percentagem de vimaranenses com esse nível de ensino cresceu 62,6% na última década, havendo 30.146 pessoas nessa condição (19,2% da população total) - ou o título de licenciado, mestre ou doutor, a escola é uma realidade de cada vez mais vimaranenses, havendo, por isso, cada vez menos habitantes a quem falta o mais elementar nível de ensino. Na última década, o número desceu de forma acentuada: de 27 787 para 19 984 (-28,1%). Trata-se, uma vez mais, de uma tendência que abarca todo o país. Em 2011, 18,8% dos portugueses não tinha completado o 1.º ciclo. Dez anos volvidos, são apenas 13,7%.

 

 

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