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Censos 2021: Costa ganha jovens; Airão e Vermil perde metade das crianças

Bruno José Ferreira
Sociedade \ terça-feira, dezembro 28, 2021
© Direitos reservados
Resultados da última década demonstram uma perda de população inferior à que seria de esperar. O envelhecimento da população é uma das principais conclusões dos Censos 2021.

Os resultados provisórios dos Censos 2021, levados a cabo pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), dão conta que Guimarães tem 156 894 habitantes. Perdeu população, tal como se perspetivava, mas ainda assim uma queda de 0,8%, inferior ao que se vaticinava.

Numa análise aos números disponibilizados pelo INE, o concelho de Guimarães perdeu população em todas as faixas etárias, exceto na franja da população mais idosa, ou seja com 65 ou mais anos de idade.

Os 1.239 habitantes que Guimarães perdeu refletem-se na maioria das 48 freguesias e uniões de freguesia do território concelhio, havendo, no entanto, dezassete freguesias que contrariam esta tendência e registaram uma subida de habitantes. Caldelas e Azurém, com subidas de 10,2% e 8,9% respetivamente, somam os maiores aumentos.

 

Crianças: Azurém e Urgezes contra o resto mundo

O INE disponibiliza os dados divididos por quatro faixas etárias. Nas crianças, com idades compreendidas entre os zero e os catorze anos Guimarães perdeu 5120 habitantes, passando de 24707 (2011) para 19587 (2021).

 

A União de Freguesias de Airão e Vermil, uma das que mais população perdeu em todo o concelho, perdeu quase metade das suas crianças: 47,2%. De 576 crianças esta união de freguesias passou para 304. Segue-se Arosa e Castelões, segunda freguesia que mais crianças perdeu, registou uma quebra de 35,6% das crianças.

Em 48 freguesias 46 perderam crianças até aos catorze anos, sendo que a contrariar esta tendência há duas freguesias que registaram uma subida, ainda que ligeira. São só casos de Azurém, que registou a maior subida (8,8%), e ainda Urgezes (0,8%), que lutam contra o resto do concelho na perda de crianças.

 

Jovens: uma Costa voltada para a juventude

Na faixa etária que compreende os jovens com idades entre os 15 e os 24 anos a tendência geral do concelho mantém-se: perda de população. Nesta franja há cinco oásis no concelho que contrariam a perda de população.

Costa, Selho São Jorge, Abação e Gémeos, Prazins Santo Tirso e Corvite, e Serzedo e Calvos são as freguesias que registaram subidas no que à juventude diz respeito. Se quatro destas freguesias apresentam subidas residuais, há uma freguesia, a Costa que registou uma subida considerável. 27% a mais de jovens na última década fazem da Costa uma freguesia voltada para a juventude.

Em sentido inverso, entre as freguesias que registam perdas, e são a maioria (47 freguesias), há duas em que os jovens “fogem” de forma mais vincada. São os casos de Conde e Gandarela, com uma perda de 35,4% de jovens entre os 15 e os 24 anos, e ainda Candoso São Martinho, que perdeu 31,4% dos seus jovens numa década.

 

População ativa: pouca variação absoluta na maior franja

Aquela que, de uma forma algo redutora, pode der considerada a população ativa, balizada entre os 25 e os 64 anos, continua a ser a faixa etária da população mais massiva do nosso concelho. Registou-se a menor variação com a passagem de 91861 pessoas para 88523 pessoas, perdendo-se 3338 pessoas.

Nesta faixa etária há treze freguesias que registaram subidas da população e 33 freguesias que desceram a população. As duas restantes tiveram saldo nulo, ou seja, não perderam nem ganharam população entre os 25 e os 64 anos. São os casos da União de Freguesias de Serzedo e Calvos e ainda de Silvares.

 

 

Nos extremos surgem Gondar (-15,6%) e Sande São Martinho (-13,1%) com as maiores perdes populacionais em termos percentuais, enquanto que em sentido inverso temos Prazins Santo Tirso e Corvite (9,2%) e Prazins Santa Eufémia (8,1%) com as maiores subidas.

 

Maiores de 65: um concelho em que todas as freguesias crescem

Com todas as anteriores faixas etárias a perderem população, é nos mais velhos que Guimarães ganha habitantes e ajuda a atenuar as perdas de população com menos idade. Se até aqui os números ditavam sempre quebras, nesta franja todas as freguesias tiveram um incremento de população.

Naquele que é o grupo com o segundo maior número populacional absoluto no território vimaranense, registou-se uma subida de 9765 pessoas, de 21564 para 31329.

Pela negativa destaca-se Arosa e Castelões, que teve a menor subida de população, 5,2%. No lado oposto, nas freguesias que mais viram a população com mais idade crescer temos Nespereira e a União de Freguesia de Candoso Santiago e Mascotelos, que quase dobraram a sua população com mais de 65 anos. No Caso de Nespereira a população subiu 84%, enquanto que em Santiago e Mascotelos esta subida cifrou-se nos 80,4%.

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