CDU diz que sistema de entrada no centro histórico tem causado acidentes
A CDU questionou a Câmara Municipal de Guimarães (CMG) acerca de “várias queixas” que têm chegado ao partido devido ao sistema de entrada no centro histórico. Na Assembleia Municipal da passada sexta-feira, a deputada da bancada da coligação, Mariana Silva, fez saber que há munícipes que relataram “diversos acidentes que causam prejuízos nas viaturas”. “Qual o problema, existe alguma dificuldade com a sinalética?”, questionou.
Em causa estão os pilaretes que visam controlar o acesso ao centro histórico da cidade. “O sistema de entrada no centro histórico – e já teve vários planos –, ao que sabemos, põe a vida das pessoas de pernas para o ar, causa despesas gravíssimas que as pessoas passam a ter no dia a dia, quando algumas delas tinham todo o direito de entrar no centro histórico”, reiterou a também candidata pela CDU à CMG.
Na intervenção em que questionou Domingos Bragança, Mariana Silva falou ainda em “arrogância institucional” por parte da instituição para com os lesados nas respostas às queixas que têm existido.
O direito de acesso à zona condicionada – que apenas é permitido a determinado tipo de utilizadores “e cujo controlo é exercido através de sinalização, eventualmente complementado por meios mecânicos e ou eletrónicos”, lê-se no regulamento de acesso à zona intramuros do centro histórico de Guimarães – constitui-se mediante autorização. O regulamento estabelece três “portas” de entrada: a da câmara (Rua Condestável Nuno Álvares / Rua de Santa Maria); a de Santa Luzia (Rua de Val de Donas, a partir do Largo Navarros de Andrade); e Porta Nova (Largo António Leite de Carvalho, a partir do Largo do Toural).
O presidente da CMG, Domingos Bragança, em resposta à interpelação de Mariana Silva, referiu que está a tentar “encontrar uma nova solução”, já que “os pilaretes causam muitos acidentes”. "De facto, as pessoas que têm esses acidentes são obrigadas a pagar do próprio bolso", reconheceu. Na mesma intervenção, o autarca referiu que os que estão junto ao edifício da câmara municipal já não estão a funcionar.