CCVF recebe estreia nacional de Orlando, peça que busca “dignidade humana”
A mais recente criação da companhia Teatro Nacional 21, Orlando, estreia-se nos palcos nacionais este sábado, a partir das 19h30. É no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor que as 20 personagens, encarnadas por 11 atores, vão interpretar pela primeira vez esse drama com prólogo e três atos, encenado por Albano Jerónimo e escrito por Cláudia Lucas Chéu.
Concebida a partir de Orlando: uma biografia, romance modernista de Virginia Woolf publicado em 1928, e do atentado que, a 12 de junho de 2016, causou 49 mortes num espaço de diversão noturna frequentado por pessoas LGBTQIA+ na cidade norte-americana de Orlando, a obra tenciona afirmar-se como um “tratado sobre dignidade humana”, disse o criador ao Jornal de Guimarães.
“Vivemos tempos bizarros numa época que deveria ser de tolerância e aceitação. Passámos para um período de violência extrema, muitas vezes centrado na discriminação. Essa discriminação, para nós, passa por um desconhecimento”, resumiu. Em torno da peça, desenvolveu-se ainda um programa paralelo sobre a ideia de travessia, para dar visibilidade aos temas da discriminação e da inclusão junto da comunidade vimaranense.
André Tecedeiro, Aurora Pinho, Cláudia Lucas Chéu, Diego Bragà, Eduardo Madeira, Luís Puto, Madalena Massano, Maria Ladeira, Pedro Lacerda, Rita Loureiro e Solange Freitas são os atores que compõem o elenco de Orlando, criação apoiada pela Direção-Geral das Artes e coproduzido pelo CCVF, pela Casa das Artes (Vila Nova de Famalicão), pelo Teatro Municipal do Porto (Rivoli), pelo Teatro Nacional D. Maria II (Lisboa), pelo Teatro do Noroeste (Viana do Castelo) e pelo Centro de Artes de Águeda.