
Casa da Memória e CIAJG acolhem exposições com pegada escolar e comunitária
A 9.ª edição de "Pergunta ao Tempo", na Casa da Memória de Guimarães (CDMG), e a 6.ª edição de "Lições Iluminadas", no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), uniram-se num território fértil para a criação artística colaborativa, com o culminar de dois projetos educativos e culturais de continuidade promovidos pela equipa de Mediação Cultural d’A Oficina.
As iniciativas envolveram os 14 agrupamentos escolares do município de Guimarães, associações locais e um coletivo de artistas, juntos pela e com a equipa de mediação cultural d'A Oficina. Contando com a colaboração próxima, ao longo do mais recente ano letivo, de centenas de crianças, idosos, professores, técnicos e artistas, a 9ª edição do 'Pergunta ao Tempo e a 6ª edição do Lições Iluminadas, abrem as suas janelas ao mundo, a partir de Guimarães, através da inauguração das exposições "Colher o Tempo - Plantar pensamento em comunidade", que pode ser visitada a 11, 12 e 13 junho, das 10h30 às 14h00, e "Mão-Cheia", que pode ser visitada a 17 e 18 junho, das 10h30 às 14h00, podendo depois ser visitadas gratuitamente até 21 de setembro.
No projeto "Pergunta ao Tempo", o Coletivo Palma, Catarina Braga e Miguel Ângelo Marques, partiu da relação entre o património natural de Guimarães e a memória da indústria têxtil local. Envolvendo sete turmas do 4.º ano e seis associações locais, a proposta consistiu em trabalhar diretamente com plantas autóctones, técnicas tradicionais como o bordado de Guimarães, e os testemunhos de idosos, promovendo encontros intergeracionais. Oficinas artísticas de papel, cor, bordado e manifestos deram forma à exposição agora patente na Casa da Memória, que mostra os resultados deste percurso coletivo.
Já no CIAJG, "Lições Iluminadas" propõe uma experiência lúdica com a exposição "Mão-Cheia", onde o museu se transforma num espaço aberto à brincadeira, à criação e à imaginação. Com coordenação de João Lopes e curadoria da artista Luísa Abreu, o projeto promoveu sessões entre o espaço museológico e as escolas, refletindo sobre o jogo como expressão artística e ferramenta de aprendizagem. Os vestígios desse processo, como desenhos, objetos, percursos e jogos, ganham agora forma numa instalação que estimula a criatividade e o pensamento coletivo.