Casa Carlos assaltada: lojistas do centro da cidade a “sofrer”
Desta vez tocou à Casa Carlos, conhecida retrosaria do centro da cidade de Guimarães. Na manhã desta sexta-feira não foi preciso abrir a porta para entrar ao serviço, porque a mesma já estava “estroncada”, segundo Rogério Vara, sócio gerente deste estabelecimento comercial.
A loja foi assaltada durante a noite, “o indivíduo entrou despreocupado, até estava de capuz, mas nem o colocou e identifica-se perfeitamente nas imagens do sistema de vídeo-vigilância”. Da caixa registadora foi levado todo o dinheiro, cerca de cinquenta euros, essencialmente moedas de fundo de maneio para trocos do dia seguinte.
O valor não é elevado, mas provoca sempre “sobressalto”, dá conta Rogério Vara. “É o incómodo de ver a porta arrombada, ter de chamar as autoridades, todo o processo. E depois tem de se arranjar a porta, de fechadura dupla. Fica mais caro reparar os estragos do que o próprio roubo”, desabafa.
O assaltante, já conhecido das autoridades, deslocou-se de imediato à caixa registadora e não levou qualquer artigo. Mesmo assim, para trás deixou um rasto de impressões digitais para se juntar às imagens de vídeo-vigilância. “Há meses que acontece”, alerta o gerente da Casa Carlos
ACTG pede rapidez à justiça: “O assaltante está identificado”
A preocupação é natural, partilhada pelos lojistas e também pela Associação de Comércio Tradicional de Guimarães. “O meu estabelecimento já foi assaltado quatro vezes”, assegura a presidente desta entidade, Cristina Faria.
“Os roubos nunca atingem grande valor”, reconhece. Os casos que têm ocorrido são semelhantes aos da Casa Carlos e preocupam pela quantidade: “em média têm havido dois a três assaltos por noite”, o que “faz com que as lojas estejam a sofrer”.
“O assaltante já está identificado, estamos só à espera da decisão judicial. Infelizmente a nossa justiça é fraca, demora muito tempo. Como são pequenos furtos a polícia pouco pode fazer, o juiz não dá ordem de prisão preventiva. Temos que aguardar que o tribunal se decida, o indivíduo em questão já está identificado há bastante tempo, há várias imagens de vários estabelecimentos que o identificam”, dá conta ao Jornal de Guimarães.
A Associação de Comércio Tradicional de Guimarães pede mais celeridade à justiça para que seja possível travar esta onda de assaltos nas lojas do centro da cidade. “Além do sofrimento de chegar à loja e ver a nossa porta aberta de manhã, é o prejuízo dos vidros partidos, das fechaduras estragadas. Preocupa-nos bastante”, revela.