Candidatura “honesta e realista” a Capital Verde Europeia foi apresentada
Os vereadores municipais ficaram esta quinta-feira a conhecer o documento de candidatura de Guimarães a Capital Verde Europeia em 2025, uma vez que foi feita uma apresentação por parte de Isabel Loureiro, coordenadora da Estrutura de Missão Guimarães 2030, estrutura responsável pela elaboração da próxima candidatura a Capital Verde Europeia.
No entender da especialista, “Guimarães ficou mais rica” com este processo, na medida em que o município passa a ter um instrumento de referência para nortear as suas decisões no futuro relativamente a esta área.
“Foi uma jornada espetacular com uma equipa multidisciplinar, com pensamentos diferentes, com componentes técnicas e científicas diferentes. Escrevemos e reescrevemos várias vezes a candidatura”, frisou, sustentando depois que estamos perante uma “candidatura mais robusta e holística”.
"Candidatura mais técnica"
Adelina Pinto, vice-presidente do município e vereadora com esta pasta, caracterizou esta candidatura como “diferente”, depois de já ter concorrido em 2017, tendo ficado no quinto lugar entre treze cidades. “É uma candidatura mais técnica, mais trabalhada que conta com uma equipa de técnicos da câmara, investigadores do Laboratório da Paisagem e da universidade, a Vimágua e a Vitrus”.
A vereadora vincou que por cada um dos sete indicadores em análise foram necessárias 600 palavras sobre o passado, 600 sobre o futuro e 1000 sobre o presente, o que tornou a candidatura “muito técnica” e “trabalhada cirurgicamente por um grupo mais fechado”. É uma “candidatura honesta e realista, com os pontos fortes, menos fortes e áreas de oportunidades que temos”, concluiu.
Depois de um processo que deu “imenso gozo”, segue-se o momento de dar corpo “à vontade de o partilhar”. A assembleia municipal será um dos próximos passos, sendo que seguir-se-á um período de comunicação e de “fazer eco do que Guimarães tem feito”, até numa perspetiva de “fazer lobby internacional”.
“É importante poder contar com todo”
De resto, a vereadora aponta dois pontos fortes da candidatura e um negativo: como pontos fortes destaca o trabalho de “mostrar que uma cidade média consegue ter voz ativa e soluções nesta questão ambiental” e também a “envolvência com a comunidade”, algo difícil por exemplo nos países nórdicos. Guimarães tem contra o seu projeto o facto de “ir a jogo com cidades de outra dimensão”.
Bruno Fernandes, líder da oposição, felicitou a “equipa de trabalho”, fazendo votos que a candidatura tenha sucesso, ainda que isso não seja o mais importante: “Para nós o mais importante não é o título, é o caminho que se faz. Que esta candidatura seja introdutora de boas práticas e que o concelho no seu todo cumpra um desígnio que é mundial, disse.
O presidente da Câmara Municipal de Guimarães, Domingos Bragança, terminou dizendo que “é importante poder contar com todos”.