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Câmara espera projeto e valor na igreja da Costa. Oposição culpa governo PS

Tiago Mendes Dias
Cultura \ terça-feira, março 26, 2024
© Direitos reservados
Domingos Bragança admite que fechar igreja de Santa Marinha pode ser opção mais segura enquanto Câmara espera pelo Estado para avançar com obra. Ricardo Araújo diz que Governo foi incapaz de resolver.

A degradação da Igreja de Santa Marinha da Costa continua a ser alvo de discussão nas reuniões do executivo municipal, com o presidente da Câmara a admitir que ainda não dispõe de projeto aprovado, nem de contrato com o Estado que assegure o reembolso ao município assim que conclua a obra de requalificação que se disponibilizou a fazer.

Questionado por Ricardo Araújo, vereador da coligação Juntos por Guimarães (JpG), sobre o ponto da situação daquele templo católico com origens no século XI, quando a ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho ali se instalou, mas feições barrocas dos séculos XVII e XVIII, Domingos Bragança reconheceu o impasse. “Só faremos obra, Câmara Municipal, com um contrato assinado se ficar a quantia expressa e pagarem tudo. A Câmara ainda não tem um projeto aprovado e o contrato assinado. Estamos disponíveis para contribuir como Câmara, mas quem paga é o Ministério das Finanças”, vincou, durante a reunião.

O autarca socialista esclareceu que o projeto já existe, mas ainda têm de ser validadas as condições para lançar a obra a concurso e para definir o preço, e disse querer ver evitada uma situação parecida com a da igreja românica de Serzedelo, em que a demora levou à perda de financiamento por mecenato de um banco espanhol, culminando numa obra de 107 mil euros, que contemplou apenas melhoria da cobertura, drenagem e ventilação, bem como limpeza e arranjo das entradas, realizada entre 2021 e 2022. “Esperamos três ou quatro anos para uma obra sem relevância”, frisa.

Enquanto se aguarda a intervenção no templo, que tem na degradação do telhado a sua parte mais sensível, Bragança defende que a igreja “deveria estar fechada” para salvaguardar a segurança.

Convencido de que a demora é indesculpável, o vereador da coligação JpG e presidente da concelhia de Guimarães do PSD atirou as culpas ao Governo do PS nos últimos oito anos, citando o caso como mais um exemplo de coisas que não conseguiu resolver em Guimarães.

"A Igreja de Santa Marinha da Costa é mais um grave problema que não foi resolvido pelo Governo do PS que está em vias de cessar funções. Ao dia de hoje, o Governo do PS deixou mais este problema por resolver, dado que hoje ficamos a saber que não temos contrato de financiamento, nem temos sequer o projeto de reabilitação, quando o problema está identificado há longos anos, exigindo-se que a tutela já tivesse realizado uma intervenção urgente. Caso contrário, os danos poderão ser irreversíveis", vincou.

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