
Câmara e CICP firmam acordo para construir nova sede da associação
Aprovada a instalação do Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria do CINDOR no Convento de Santa Rosa do Lima, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães admitiu que o Centro Infantil de Cultura Popular (CICP), instituição que ocupa aquele imóvel desde 1975, poderia ser deslocalizado para a antiga fábrica da Madroa, mas o executivo municipal aprovou, nesta terça-feira, um protocolo de colaboração que permitirá à associação cultural manter-se num espaço daquela tem sido a sua casa de sempre.
“Verificando-se que o programa funcional do CINDOR preenche toda a área construída disponível, foram encetadas conversações com o CICP no sentido de esta associação desocupar e ceder de imediato as instalações que ocupava para viabilizar a realização deste investimento, o que foi aceite mediante o compromisso municipal de, assim que a reabilitação do antigo Convento de Santa Rosa de Lima se concluir, disponibilizar ao CICP uma nova sede, a construir a partir de uma ruína existente no seu logradouro”, refere a proposta incluída na agenda da reunião quinzenal.
Fruto dos esforços das comissões de moradores da Rua D. João I e do Bairro Catarina Eufémia, “conscientes da necessidade urgente de um infantário para acolher as crianças desta zona da cidade, filhos de trabalhadores na sua quase totalidade”, a comissão administrativa da Câmara Municipal atribuiu o edifício então desocupado para a instalação do dito infantário em 08 de julho de 1975.
Com estatutos publicados em 09 de maio de 1977, o CICP viria a promover, numa fase inicial, iniciativas culturais como o FESTAG, mostra de teatro amador, e o CIRCULTURA, festival de música numa tenda de circo que atraiu a Guimarães alguns dos principais nomes da música nacional no início da década de 80 do século XX.
No final do século XX e início do século XXI, o CICP promoveu a mostra de gravuras, o quiosque de fanzines, o quiosque de vinis e a disponibilização de espaços de ateliê para acolhimento de artistas emergentes, tendo reavivado a sua atividade nesta década através da plataforma No Convento, responsável por várias exposições e iniciativas culturais.
Em 01 de julho de 2024, a Câmara Municipal aprovou a instalação do centro de formação profissional em relojoaria e ourivesaria, valência inicialmente prevista para Campelos, no convento de Santa Rosa do Lima. A obra de requalificação está estimada em três milhões de euros.