Câmara candidata-se ao PRR para construir edifício para pessoas sem abrigo
Guimarães vai ter uma nova estrutura, “um edifício de raiz”, para dar resposta aos cidadãos em situação de sem abrigo. O anúncio foi feito no âmbito da assinatura do protocolo do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem Abrigo (NPISA) de Guimarães, esta quarta-feira.
Este projeto, o NPISA, já está em funcionamento, num trabalho em rede, de acordo com o coordenador da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem Abrigo (ENIPSSA), Henrique Joaquim, sendo formalizado com a assinatura dos protocolos entre o município, a ENIPSSA e as várias entidades envolvidas.
Na cerimónia, que decorreu no salão nobre do município, Domingos Bragança referiu que “a Câmara Municipal de Guimarães assume a candidatura ao PRR para construir no seu território, em terrenos do município, um edifício de raiz, financiado a 100 por cento, para dar resposta temporária de emergência aos cidadãos sem abrigo”.
Neste que foi um “dia feliz” para Paula Oliveira, a vereadora com o pelouro da ação social demonstrou a intenção de “continuar a fazer mais e melhor”, num processo coletivo de mais de duas dezenas de entidades a “desenvolver a sua atividade de forma holística de integrar as pessoas na sociedade”.
A vereadora defendeu que “não podemos falar desenvolvimento sustentado se deixarmos alguma franja da população para trás – neste caso sem abrigo”, sendo nesse sentido que Guimarães está a trabalhar.
Henrique Joaquim destacou a prevenção como um fator determinante em todo este processo. “O trabalho está a acontecer, há pessoas a sair da rua. A habitação é importante, já percebemos que há um rumo e que tem sucesso, é importante prevenir para que não cheguem pessoas novas às ruas”, disse.
A finalizar, depois de assumir a candidatura a fundos comunitários para construir um novo edifício de resposta, Domingos Bragança sustentou que a resposta a esta problemática é uma resposta “da comunidade em que as entidades têm responsabilidade”.
Quando alguém cai numa situação de em abrigo, e pode ser alguém próximo, ou até nós, trata-se de uma situação muito complexa. Por isso, há repostas complexas a dar, pessoas que não aceitam ajuda”, complementou, terminando por dizer que “há muito caminho a fazer”.