Bragança crê que oferta hoteleira é insuficiente para a procura turística
Apesar da inauguração de mais um hotel no ano passado, em 20 de junho, junto ao campus de Azurém e de estar certa a edificação de mais um outro, junto ao Parque das Hortas, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães crê que falta oferta hoteleira ao território. “Tem-se criado a perceção de que não há procura, porque as taxas de ocupação estão em 70 ou 80%. Não temos oferta de alojamento e hoteleira suficiente para responder à procura turística”, referiu Domingos Bragança, durante a reunião do executivo municipal, realizada nesta segunda-feira.
O autarca realçou que essa falta se sente aquando de médios e grandes eventos em Guimarães, com o recurso ao alojamento de concelhos vizinhos, e entre os turistas que procuram alojar-se numa cidade por mais tempo, com uma instalação que lhes dê essas condições. “Precisávamos de um hotel em que as pessoas fiquem a passar férias. Assim teriam resposta para muito mais do que os três dias. Temos oferta, mas não para período longo, para quem quiser cumprir os requisitos de passar férias. Poderiam visitar a monumentalidade de Guimarães e dos concelhos vizinhos a partir de Guimarães”, descreve.
A seu ver, essa diversificação na oferta hotelaria, numa cidade já de si apelativa e com mercado, estaria na raiz de uma maior diversidade de restauração, setor que, a seu ver, também precisa de mais diversidade, e de uma crescente dinâmica do comércio de rua.
Domingos Bragança expressou esta convicção depois de o vereador da coligação Juntos por Guimarães (JpG), Ricardo Araújo, ter rejeitado a ideia de que começa a haver excesso de turismo em Guimarães e pedido uma reflexão acerca da estratégia em vigor para a promoção do território a nível local, nacional e internacional. O aumento do tempo médio de estadia deve ser uma prioridade, entende.
“É preciso refletir na promoção, mas também na oferta turística, do ponto de vista histórico, patrimonial e de eventos. É preciso alargar o tempo médio de estadia em Guimarães. O turismo é uma atividade de grande importância e relevância para a economia nacional e para Guimarães, pela importância histórica e patrimonial”, disse o presidente da concelhia do PSD e agora deputado à Assembleia da República.
Ainda durante a reunião, o vereador com o pelouro do turismo frisou que o Conselho Consultivo do Turismo de Guimarães foi criado para trabalhar a oferta e a diversificação do turismo no território. “O aumento da estada média é um dos objetivos que temos vindo a trabalhar, para aumentar a oferta turística e a diversificação para aqueles que nos visitam. Pensamos na vertente patrimonial e cultural e ainda no turismo de experiências, no turismo criativo, no turismo industrial e no turismo sustentável para termos as pessoas por mais dias”, vincou.