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Braço de ferro pelo Campus de Justiça: Bragança não quer ceder no projeto

Bruno José Ferreira
Política \ quinta-feira, julho 07, 2022
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Ministério acredita que o Campus de Justiça pode ser feito em menor escala do que o que está projetado pela Universidade do Minho. Bragança quer obra de acordo com o estudo.

Domingos Bragança vai reunir esta sexta-feira com Pedro Tavares, secretário de estado da justiça, para discutir a situação do Campus de Justiça de Guimarães. Segundo o presidente da Câmara Municipal de Guimarães “há um braço de ferro com o ministério da justiça” quanto a volumetria do novo Campus de Justiça, sendo que esse tema vai ser debatido com o intuito de agilizar o processo.

Este assunto foi debatido em reunião de câmara uma vez que Bruno Fernandes, líder da oposição, fez alusão a um relatório do Tribunal da Comarca de Braga que considera desadequadas as instalações existentes em Guimarães para as instâncias judiciais. "Há uma frase que diz que o Palácio da Justiça é insuficiente e o edifício das Varas Mistas, em Creixomil, é desadequado”, disse Bruno Fernandes.

Numa referência política, o vereador da oposição lembrou que Helena Ribeiro, na altura ministra da justiça, esteve no Campo do Outeiro, local onde será implementado o Campus de Justiça, tendo na altura sido prometido o avanço deste projeto.

Domingos Bragança disse esta quinta-feira que há arestas a limar com o ministério. “Helena Ribeiro fez o trabalho de casa com o secretário de estado, ajudou-nos, e assinámos um protocolo com o ministério da justiça. Há um estudo preliminar pronto com a Universidade do Minho, mas há um braço de ferro com o ministério da justiça, que solicitou a revisão à Universidade do Minho para tornar o edifício um pouco mais pequeno. Mas eu queria que ficasse como está no projeto, porque corresponde melhor para futuro”, disse o líder máximo do município.

Nesse sentido, a reunião de amanhã poderá ser decisiva. Pelo menos, é essa a perspetiva de Domingos Bragança. “Estamos a trabalhar para que seja lançada a fase final, de especialidades, para o Campus de Justiça”, disse.

Apesar destas explicações, na sua intervenção antes da ordem do dia, Bruno Fernandes recordou que este processo já se arrasta há vários anos e lamentou que, no seu entender, este projeto foi usado politicamente antes das eleições como uma promessa que acabou por ainda não ser cumprida.   

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