UNU de Guimarães fomenta cooperação de países lusófonos, diz presidente AR
De visita à unidade de governação eletrónica da Universidade das Nações Unidas (UNU-EGov), o presidente da Assembleia da República vincou o papel daquele organismo sediado em Couros para a “melhoria da qualidade da governação” a partir da investigação em governação eletrónica e também para uma mais estreita cooperação entre os países de língua portuguesa.
“É sabido que a unidade tem servido para fomentar a cooperação dos países de língua portuguesa nesta área da governação”, disse, à margem da visita àquela unidade instalada no Centro Avançado de Formação Pós-Graduada, criado na antiga fábrica de curtumes Freitas & Fernandes.
Ciente de que aquele polo é “um contributo muito importante de Portugal para a Universidade das Nações Unidas”, até por ser único na Península Ibérica, Augusto Santos Silva disse conhecer bem aquela unidade do tempo em que foi ministro dos Negócios Estrangeiros, entre 2015 e 2022. “Era importante assegurar a continuidade deste memorando”, disse, a propósito da unidade que ali funciona desde 2014 e que, em março último, viu aprovado um acordo suplementar na AR para ali continuar.
Apresentado pelo deputado vimaranense do PSD André Coelho Lima na Comissão de Negócios Estrangeiros, esse acordo permite à UNU permanecer em Guimarães, graças a um financiamento de 4,7 milhões de euros e diligências previstas no sentido de angariar um montante adicional de um milhão de euros.
Sediada em Tóquio, no Japão, a Universidade das Nações Unidas coordena 13 unidades operacionais, 11 delas consideradas institutos – só a UNU-eGov, em Guimarães, e a unidade operacional de Soluções Inovadoras para Desafios Políticos, em Nova Iorque, não o são. A diretora da unidade de Guimarães, Delfina Soares, já expressou o desejo de ver a unidade elevada a instituto.
Questionado sobre essa pretensão, o presidente da Assembleia da República disse representar o poder legislativo, cabendo essa decisão ao poder executivo – o Governo.