
AMC: coincidência entre Casa Pia e eleições deve-se à Liga Conferência
As próximas eleições do Vitória SC acontecem a 01 de março, dia para o qual também está marcado o encontro com o Casa Pia, da 24.ª jornada da Liga Portugal Betclic. O ato eleitoral que opõe Luís Cirilo Carvalho, da lista A, a António Miguel Cardoso, da lista B, realiza-se entre as 09h00 e as 19h00, no Pavilhão Desportivo Unidade Vimaranense, enquanto o jogo no Estádio D. Afonso Henriques está marcado para as 20h30.
A candidatura de Luís Cirilo Carvalho considerou a marcação do encontro pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional como “um profundo desrespeito” pelo exercício dos valores democráticos no Vitória, enquanto a de António Miguel Cardoso vincou que o horário é o mais adequado dentro dos possíveis. Como a equipa preta e branca defronta o Betis, em Sevilha, a 06 de março, quinta-feira, para a primeira mão dos oitavos de final da Liga Conferência, o candidato argumenta que a receção aos gansos só poderia ocorrer na sexta-feira ou no sábado.
“A Liga exigiu e achou por bem ser no sábado A primeira sugestão que fez foi durante a tarde de sábado. Achámos que não fazia sentido absolutamente nenhum. Agora, mais importante, é proteger os interesses desportivos do Vitória. As eleições são até às 19h00. Por um lado, mais sócios do Vitória vão votar. Se não tivéssemos jogos das competições europeias, poderíamos pensar noutra data, mas é a data que tinha de ser. A Liga marcou, e nós temos que acatar, porque não interfere no horário das eleições”, frisou, à margem da apresentação do seu programa estratégico para o triénio entre 2025 e 2028.
“Temos uma base de contratação assertiva”
O candidato da lista B rejeitou ainda que esteja a fugir ao debate com Luís Cirilo Carvalho e pediu a todos os associados em condições de o fazerem para votarem no dia 01 de março. “Ninguém foge dos associados. Os associados sabem que o clube está bem vivo, mas é importante que vão todos votar. Nós cá estaremos para aceitar aquilo que eles digam. O importante é que se movimentem e que todos vão votar, porque acho que isso mostra a saúde do Vitória”, referiu.
Quanto à crítica de Luís Cirilo Carvalho relativa à aquisição de Beni Mukendi, por três milhões de euros, ao Casa Pia, clube cuja SDUQ é gerida por uma empresa associada ao investidor norte-americano Robert Platek, que terá emprestado 11 milhões de euros ao Vitória a um juro de 11%, António Miguel Cardoso realçou que uma coisa não tem a ver com a outra.
“Só posso levar como ficção. Nós temos uma base de contratação bastante assertiva e quando nós investimos num jogador não vamos pensar qual é o clube do jogador, nem vamos sequer pensar quem é que nos financiou. São coisas completamente surreais naquilo que é a minha forma de pensar, naquilo que é a forma de pensar da administração. Estou perfeitamente tranquilo em relação às críticas”, adiantou.