Adelina Pinto é nova responsável pela educação e cultura do Eixo Atlântico
A liderança do grupo de trabalho de educação e cultura do Eixo Atlântico está agora a cargo de Adelina Paula Pinto, vereadora da Câmara Municipal de Guimarães desde 2017. “Sou a nova presidente do grupo de trabalho de Educação e Cultura do Eixo Atlântico. Era a doutora Lídia Dias, ex-vereadora da Câmara Municipal de Braga. O cargo estava vago e fui eleita por unanimidade. É a minha área”, revelou, logo após a conclusão de um encontro entre os representantes dos vários municípios associados, decorrido no Centro Internacional de Artes José de Guimarães (CIAJG).
Convencida de que, embora de países diferentes, as regiões “têm muito em comum”, a agora vereadora municipal para a educação revelou ainda que Lugo, no norte da Galiza, vai ser a sétima Capital da Cultura do Eixo Atlântico, em 2023, sucedendo a Braga, que ostentou o título em 2020 e em 2021, anos marcados pela pandemia de covid-19. “Para 2023, será Lugo. Trabalhámos também na bienal de música, que vai acontecer em Ferrol. Houve assuntos discutidos na educação e na cultura, que visam cruzar os conhecimentos”, informou.
Como responsável maior do grupo de trabalho, Adelina Paula Pinto quer aprofundar o “trabalho de proximidade” em curso, quer na educação, área para a qual está previsto este ano um “seminário de boas práticas”, na Galiza, quer na cultura; a seu ver, a promoção mútua de eventos é um caminho a seguir pelas cidades do Eixo Atlântico.
“Lugo tem um festival de jazz que começou em 1991, em novembro, precisamente a mesma altura do Guimarães Jazz. Há estas coincidências que podemos aproveitar enquanto Guimarães Jazz para nos promovermos em Lugo. E Lugo pode promover o seu festival de jazz em Guimarães”, sugeriu.
Outro projeto que crê relevante é o dos “intercâmbios culturais” entre uma cidade do Norte de Portugal e uma da Galiza, iniciado em 2019; no caso vimaranense, a cidade parceira é a Corunha, com uma turma de cada cidade a visitar a outra para a promover. “Levamos uma turma à Corunha, e a Corunha traz uma turma a Guimarães. É um projeto muito interessante, financiado pelas cidades, que tem a ver com a parte turística, com a promoção da participação dos jovens”, acrescentou.
A entidade fundada em 1992 – Guimarães aderiu em 1997 – consegue, enquanto “espaço transfronteiriço”, “financiamento para muitos dos trabalhos através da Comissão Europeia”, seja na “agenda urbana”, na “sustentabilidade” ou na “coesão social”, disse ainda a vereadora do município de Guimarães.