ACTG estupefacta por parceria da Câmara com CEVAL nos Bairros Comerciais
Além “da grande surpresa e desilusão” pelo 95.º lugar de Guimarães entre as 160 candidaturas apresentadas ao programa Bairros Comerciais Digitais, a Associação de Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG) mostrou-se estupefacta com o facto de a Câmara Municipal de Guimarães ter recorrido à CEVAL – Confederação Empresarial do Alto Minho – para ser a entidade parceira na candidatura, preterindo a associação sediada em Guimarães, com quase 300 associados.
“Ficamos também bastante estupefactos com o facto de o município ter ido buscar para sua parceira nesta missão uma associação de Ponte de Lima, a CEVAL, com a desculpa de que as associações vimaranenses são pouco representativas”, indica o comunicado enviado pela associação às redações.
A ACTG lembra ter desistido do seu próprio projeto para os Bairros Digitais para entrar como parceira da Câmara Municipal de Guimarães e, pasme-se, qual não foi a sua surpresa ao ver que nunca foi solicitada a contribuição desta associação, e, só com muita insistência, teve conhecimento de uma pequena parte do mesmo projeto, acrescenta a nota.
“A única coisa que foi solicitada a esta associação foi que redigisse um pequeno texto com a apresentação da associação. Não temos qualquer dúvida sobre a qualidade do projeto e nunca poríamos em causa quem o realizou. Pomos, sim, em causa as opções do Município, quer nos parceiros escolhidos, quer em certas opções não técnicas. Não convém esquecer que este é um projeto para promover o comércio, não para o ignorar e fazer o que o Município deseja e acha que "fica bem”, detalha a ACTG.
Com um lote de associados que inclui comerciantes e prestadores de serviços, hotelaria e restauração, a ACTG defende que a Câmara deve “dar voz” e “ter em consideração as opiniões” das associações locais se quiser que sejam mais fortes e lamenta o chumbo de “99% dos projetos que apresenta”, a seu ver prova de um município de costas voltadas numa fase de “grandes dificuldades” para o comércio.
A associação enumera quatro projetos rejeitados: "Sabores de Guimarães", que visava promover todos os restaurantes do concelho de Guimarães, "Guimarães com Doçura”, que promovia todas as confeitarias e panificadoras com fabrico próprio, “Guimarães Florida”, ideia concebida para encher a cidade de cor que, segundo a ACTG, foi aproveitada pela Câmara de Braga, e “Têxteis no ar”, projeto de decoração de ruas.