Acessibilidade ao parque Condessa Mumadona visada por Bruno Fernandes
Na reunião de Câmara desta segunda-feira, Bruno Fernandes questionou a acessibilidade ao parque de estacionamento Condessa Mumadona, após ter assinalado o dia internacional das pessoas com deficiência, do passado dia 3 de dezembro. O líder da Coligação Juntos por Guimarães salientou que os "municípios têm aqui um papel muito importante" e que "devem ter presente sua estratégia as questões da inclusão".
Bruno Fernandes considera o acesso ao parque Condessa Mumadona um "mau exemplo" e, ao mesmo tempo, "um problema de há muitos anos que ainda não foi resolvido", disse. "Em 2016, nesta Câmara, alertámos o município a encontrar uma solução com o arquiteto. Sabemos bem da história que foi até junho de 2020. O vereador Seara de Sá apresentou uma solução em junho de 2020, que era fazer um pequeno túnel até ao outro lado da rua. O que é certo é que estamos em dezembro de 2021 e não vemos solução para o problema", referiu o vereador.
“Mais do que anunciar mais uma data previsível", Bruno Fernandes afirma que é necessário "não só dizer aos vereadores da oposição qual a solução ou então assumir que não há solução para o problema, ficando o parque com aquela limitação”.
Por sua vez, Domingos Bragança reconhece que a intervenção no parque Condessa Mumadona é "muito difícil", mas salienta que "só não há solução para a morte". O líder socialista lembrou ainda que "o parque da Condessa Mumadona é de propriedade intelectual do arquiteto Álvaro Siza Vieira" e que, sem autorização dele, não podemos fazer muito". Uma situação com a qual o presidente da Câmara não concorda, visto que "quem pagou a obra" foi a Câmara Municipal de Guimarães.
"Há quatro anos, para quem está virado para o Paço dos Duques de Bragança, terá de ser feita uma obra para falar no ascensor. Eu disse que não teria recursos financeiros para uma obra tão abrangente. Este elevador faz muita falta. Guimarães quer ser um território inclusivo para todos. Mas nós todos poderemos ter em qualquer momento dificuldade na mobilidade".
Domingos Bragança enalteceu que é preciso um "projeto de arquitetura que tenha em conta todo o contexto histórico" daquela área. "A questão que estou a levantar é que o adarve da muralha, atendendo às situações e à autenticidade histórica, tenha continuidade até ao Monte Latito", concluiu.