25 de abril vimaranense em fotos: “Magnífico testemunho”, por Simão Freitas
A Câmara Municipal de Guimarães, em articulação com o Arquivo Municipal Alfredo Pimenta (AMAP), apresentou esta quarta-feira o livro Simão Freitas – 25 de abril, um testemunho fotográfico no qual “é possível experienciar o que aconteceu em Guimarães” na Revolução dos Cravos, introduziu Alexandra Marques, diretora do AMAP.
Tratam-se de fotografias do acervo de Simão Freitas, 9 mil negativos adquiridos em 2020, que já se encontram todos digitalizados e disponíveis, sendo que algumas das fotos que dão cor ao livro estão já “expostas em espaço público, numa exposição no Toural”. Mas, outras “não são conhecidas dos vimaranenses”, complementou Paulo Pacheco, um dos principais responsáveis pela confeção do livro.
Tal como o primeiro volume das fotografias da antiga Foto Simão, - Simão Freitas e a Cidade – esta obra foi concebida “com prata da casa” do município e do AMAP. “Num curto espaço de tempo, foi feiro um sprint desde o início do ano”, disse Paulo Pacheco, salientando as “dificuldades em escolher”, ficando no ar a possibilidade de “surgirem novos projetos” deste género.
A apresentação contou com a participação de César Machado, que destacou o “magnífico testemunho” que fica como legado, no qual, na sua opinião, o fotógrafo vimaranense fez “uma coisa muito difícil: retratar a esperança. Em todas as páginas há rostos de esperança”.
O livro conta com fotografias de vários momentos, desde a primeira manifestação sentida em Guimarães, na manhã de 26d e abril por parte de estudantes, à grande concentração dessa tarde no Toural, mas também momentos seguintes, como os comícios políticos que se seguiram e as eleições pós-revolução.
Uma obra com fotografias “ao nível de Alfredo Cunha”, sustentou Adelina Pinto, na sequência do que já tinha sido expresso por César Machado, acrescentando a vice-presidente do município. “Estamos sempre focados no 25 de abril em Lisboa, mas não foi só em Lisboa. A partir do fotógrafo Simão Freitas retrata-se o 25 de abril em Guimarães, e temos aqui um documento físico que mostra o comprometimento das pessoas”, vincou.