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24 de Junho: Marcelo vai receber réplica de espada de D. Afonso Henriques

Tiago Mendes Dias
Cultura \ quarta-feira, junho 23, 2021
© Direitos reservados
Iniciativa da Grã-Ordem Afonsina pretende valorizar a efeméride associada à batalha de São Mamede, que, no entender da associação, deveria tornar-se feriado nacional.

A elevação da data que assinala a batalha de São Mamede, em 1128, a feriado nacional é um desígnio que tem ocupado o quotidiano vimaranense ao longo dos anos, quer por iniciativa da Câmara Municipal, quer por parte do tecido associativo do concelho. Com a vinda de Marcelo Rebelo de Sousa à cidade-berço neste 24 de Junho, a Grã-Ordem Afonsina tenciona dar mais um contributo para esse fim, com a entrega de uma réplica da espada do primeiro rei de Portugal àquele que é hoje Chefe de Estado.

Fabricado com “métodos artesanais” a partir da espada em exposição no Museu Militar do Porto, por “mãos hábeis, dedicadas e devotadas de artesãos vimaranenses”, o objeto será entregue pelo presidente da Câmara, Domingos Bragança, na sessão solene agendada para as 12h00, lê-se no comunicado da associação.

“Esta peça celebra também as tradições vimaranenses, concentrando em si três saberes ancestrais: a cutelaria, a marcenaria e os curtumes. Quisemos portanto neste objeto e na caixa que o irá envolver demonstrar que Guimarães preserva o que de melhor tem”, refere o documento que irá acompanhar a oferta ao Presidente da República.

Na conferência de imprensa realizada na terça-feira, o presidente da Grã-Ordem Afonsina, Florentino Cardoso, realçou que Portugal “faz 893 anos” na próxima quinta-feira e que o 24 de Junho deve ser “definitivamente assumido como o Dia de Portugal”, não fazendo sentido que se celebre a Restauração da Independência, a 01 de dezembro, a não a fundação do próprio país.

“Muitos historiadores defendem agora que a independência foi um processo. Mas esse processo teve um início, que foi claramente no dia 24 de Junho de 1128”, disse.

A espada vai ser benzida de manhã, durante uma eucaristia na Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, sendo posteriormente levada, em cortejo, entre o padrão do século XIV que se encontra na Oliveira e a estátua de D. Afonso Henriques, junto à denominada Colina Sagrada.

 

Mais iniciativas em memória da batalha

Além do programa de comemorações e inaugurações promovido pela Câmara Municipal, haverá outras iniciativas em Guimarães para celebrar o 24 de Junho. Às 11h28, vai ser apresentado O Primeiro, livro do escritor vimaranense Paulo César Gonçalves, que visa explorar dimensões menos conhecidas da figura de D. Afonso Henriques, na livraria Rimas e Tabuadas, no largo Condessa do Juncal. Nesse mesmo dia, será instalada uma imagem de “grandes dimensões” na fachada do Café Milenário a lembrar que Portugal faz 893 anos.

No dia 26, sábado, realiza-se a primeira edição do Património Cultural Intangível de Guimarães, no Instituto de Design, com intervenções de Carlos Coelho, sobre a importância de D. Afonso Henriques enquanto marca que valoriza Guimarães e Portugal, e Ricardo Chão Prieto, historiador espanhol que leciona no colégio Nuestra Madre del Buen Consejo, em Léon, sobre a relação entre o primeiro rei de Portugal e outras cortes da época.

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