Guimarães em Debate #17 | Política do Centro Histórico e Educação
Tiago Laranjeiro entende que não existe uma política camarária para o centro histórico de Guimarães. Em resultado, os problemas vão-se aglomerando levando à crescente diminuição da população residente nesse espaço e ao aparecimento de uma certa conflitualidade latente.
Francisco Teixeira, sempre muito crítico para com o turismo de massas, defende que Guimarães não pode transformar o seu centro histórico num centro comercial ao ar livre.
A questão da pedonalização do centro histórico mereceu divergências de opinião, algo que não aconteceu com algumas medidas que deveriam ser implementadas, para se combater o abandono populacional e a sua gentrificação. A proibição da mudança habitacional para a comercial é uma das soluções apontadas entre outras, bem como proibir mais licenças para o alojamento local.
A ausência do tema da “Educação” nos debates e na campanha foi levantado por Francisco Teixeira, pois, como referiu, estranha o “silêncio total” para algo que irá marcar negativamente a evolução da sociedade portuguesa na próxima década.
Tiago Laranjeiro entende que essa ausência se prendeu um pouco com o tipo de debates implementado nestas eleições, mais curtos e a privilegiar outros temas, como os casos da saúde e da economia.
A não perder a troca de argumentos entre os convidados residentes do Guimarães em Debate que voltou a não contar com Mariana Silva, por motivos da participação na campanha eleitoral.
Na parte final, Francisco Teixeira aconselha uma leitura de “Capital e Ideologia” de Thomas Piketty e Tiago Laranjeiro convidou para uma reflexão sobre os 10 anos passados sobre a CEC2012.
Nesta edição, o moderador do debate também apresentou uma sugestão de leitura. "A Lanterna que aquece o Mundo", de Paulo César Gonçalves, é o livro em destaque de António Magalhães.