Guimarães #38 | Pedonalização do centro de Guimarães
O ex-presidente da Associação Vimaranense de Ecologia referiu as suas reservas quanto a este tipo de anúncios, como afirmou: “vive-se mais de anúncios do que obra feita e quando se anuncia parece que a obra já está concluída”.
Defensor de longa data dessa pedonalização, tal como vem escrevendo nas suas crónicas publicadas no JdG, diz que é preciso coragem para executar a obra e espera que essa pedonalização esteja concluída no prazo apresentado. Defendeu ainda que a Câmara tem de rapidamente divulgar o estudo de mobilidade urbana sustentável e como pretende implementar essa pedonalização.
O debate desta semana começou com unanimidade entre os residentes do programa na defesa da retirada da circulação nos espaços acima referidos, mas rapidamente algumas divergências vieram ao de cima.
Mariana Silva começou por afirmar que o anúncio não é novo, que existem incongruências entre o afirmado pelo presidente da Câmara e o comunicado da Associação de Comércio Tradicional de Guimarães (ACTG), que será urgente clarificar, pois, como adiantou, “o comércio local é o parente pobre nesta questão”.
Francisco Teixeira manteve um diálogo vivo com Mariana Silva e foi levantando algumas questões: Qual a imagem que queremos para o centro histórico? De que forma a pedonalização pode contrariar ou potenciar a gentrificação? Na questão do comércio local, considera que a Câmara deverá ouvir a respetiva associação, mas que “quem decide é a Câmara”.
Por sua vez, com uma já habitual ironia, Carlos Caneja Amorim referiu que o projeto de pedonalização “veio a pé!”, pois já vem de uma série de anúncios que se vão prolongando no tempo, chegando a defender uma certa paternidade de termos um centro histórico sem carro por parte do PSD.
Com a moderação de António Magalhães poderá ver a edição 38 do GMR em Debate no nosso canal do Youtube e em podcast no spotify.